quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Revoltas anti-coloniais


Contexto histórico:
Por três séculos a relação entre colônia e metrópole foi caracterizada por uma forte política mercantilista. O governo português não oferecia incentivos aos colonos que vinham para o Brasil. Se estes quisessem abrir um negócio, arcariam com os prejuízos de um possível fracasso. Mas, se desse certo, a Coroa também ganharia parte do lucro por meio de impostos.
Portugal também garantia o monopólio do comercio colonial e, assim, manipulava os preços dos produtos importados e exportados. Além disso, o governo sempre criava novos impostos, ainda mais quando começou a perder terras na Ásia e na África.
Com medidas como essas, o governo só fez crescer a insatisfação e o descontentamento da população da colônia, o que provocou a grande quantidade de conflitos nos séculos XVII e XVIII.
Essas revoltas receberam o nome de Revoltas Emancipacionistas ou Anti-Coloniais por serem contra algumas medidas do governo português.

Emancipação: libertação

Revolta dos Beckman
A crise econômica açucareira e a saída dos holandeses do Brasil fizeram do Maranhão uma das regiões mais carentes do Brasil no século XVII.
Tentando intervir na economia local, Portugal criou a Companhia Geral do Comércio do Estado do Maranhão, que tinha como objetivos compras dos gêneros agrícolas da região e vender produtos manufaturados, além de suprir as elites coloniais com 500 escravos. Tudo isso, para recuperar a economia maranhense.
Porém não adiantou. A Companhia não adquiria toda a produção agrícola e comercializava produtos manufaturados de baixa qualidade e preços altos. Assim, a população tinha seus problemas econômicos agravados, pois era muito dependente da Coroa lusitana.
Em fevereiro de 1684, aproveitando a ausência do governador, os revoltosos prenderam o governador interino e saquearam a Companhia Geral do Comércio, provocando grande rebuliço em São Luís.
Os revoltosos eram liderados pelos irmãos Thomas e Manuel Beckman. Eles exigiam uma melhoria nas relações entre Maranhão e Portugal. Manuel, conhecido como Bequimão, controlou um grupo revolucionário e assumiu o poder político da província por quase um ano.
Thomas foi à Portugal para reafirmar lealdade ao governo lusitano e denunciar infrações da Companhia do Comércio.
O governo, indisposto a fazer qualquer negociação, nomeou um novo governador e mandou tropas para acabar com a revolta.
Manuel Beckman e Jorge Sampaio ( outro líder da revolta ) foram enforcados e decapitados. Thomas foi deportado para Portugal.
Em 1685, a Coroa acabou com a Companhia Geral do Comércio depois de descobrir as infrações cometidas.

(Resumo feito por: Ruan Jonathan)

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